terça-feira, 18 de março de 2008

não há remédio que cure a dor.
não esta.
que me rói o impulso,
que devasta a noite,
que crava em minha nuca dentes ancestrais.

não há sono,
nem riso,
carícia ou engano.

não há beijo,
afago ou grito.
nada.
não há morfina pra isso.


não há nada aqui dentro,
a não ser a certeza imemorial:

estou só,
e pronta para o salto.

não há redes.
vertigem há,
e muita.

5 comentários:

Anônimo disse...

há o remédio,
a cura,
o ungüento.
existe rede,
laço e embalo.
salte.

Bi disse...

Eu acho que eu estou me sentindo assim também.

Camila Libanori disse...

Que bom que gostou!
Eu gosto bastante de escrever!
Mais tenho muito pra melhorar!
bjO!

Tuma disse...

Incrível como você consegue criar imagens e sentimentos com tão poucas palavras. Eu, por outro lado, acho que nunca vou deixar de ser prolixo...

stefano manzolli disse...

Tati, :)
Passou a semana comendo chocolate?
Ah, 'tá registrado:
A Tati é fofa.

IUHASDUIHUASHDUAHDI

Beijo, :*