quarta-feira, 27 de junho de 2007

estrada


Como saber o limite das definições?
Não sei se sou o que sou
Ou se sou as palavras
Que se dizem por mim.

Entre o dentro e o fora,
No espaço estreito de minha garganta,
Tombam signos e alegrias.
Posso ser essa penumbra,
Ou um armário amarelo cheio de trastes.
Entre o dentro e o fora
Há minhas palavras e meu riso.
Pode haver os dentes rilhados
E as unhas roídas.
Mas esses são o que diz o escuro.

Um comentário:

Anônimo disse...

ratos róem unhas
meu riso
está
NO dentro e
NO fora

por que você escreve tão bonito?

me dói
ainda que riso

J.